sexta-feira, 9 de maio de 2014

As mães do turismo.

  Se Santarém é o berço do turismo no Pará, nós mães devemos arrumar esse berço para que no futuro de nossos filhos a herança seja permanente. Assim como os filhos não gostam de ver suas mães comparadas a outra, também não devemos aceitar a alcunha de Caribe brasileiro, quantas vezes uma mãe tem que assistir ao mesmo desenho animado da Disney para fazer companhia ao filho? A mesma Disney que criou os piratas do caribe e desconhece que o maior ato de biopirataria da história mundial aconteceu nestas terras, encerrando mais um ciclo de esperança de riqueza para os filhos desta terra. Não queremos que o turismo seja apenas mais um ciclo econômico. Não queremos que o turismo seja o futuro da região, e sim um presente que deve ser conquistado. Marcado pelo tripé: estrutura, investimento e serviços ou seja, o poder público, a iniciativa privada e a comunidade. Para isso devemos dar condições ao nosso filho para que ele possa se desenvolver; o turismo assim como um filho, depende de nós até que se torne independente, e mesmo assim de vez em quando ainda precisa de cuidados. Com trabalho e perseverança iremos construir o necessário para o crescimento do turismo, que ainda engatinha em nossa região. Para caminhar com firmeza, ele precisa de educação para poder conviver e encantar outras culturas, precisa de saúde para bem viver e exercer seu ofício com dignidade, precisa de estrutura viária para exercer o direito de ir e vir e, acima de tudo, precisa de muito diálogo e carinho. Carinho por esta terra é o que não falta, que o digam as dezenas de pessoas que a cada ano adotam Santarém como mãe, e o diálogo é um exercício de convívio diário que nos obriga a evoluir. Alguns de nós ficaram tanto tempo sem voz que agora querem gritar para todo mundo ouvir, mas os gritos impedem o diálogo. Devemos nos portar de forma que nossas ações falem mais alto, tão alto que silenciosamente ensurdeçam aqueles que apostam na incompetência amazonida.
Na Santarém que queremos, mãe nenhuma terá filhos do conformismo, não culpamos a vida Sejamos agentes da transformação das novas gerações, que não estão preocupadas com o futuro, pois estão construindo o presente. Dizem que o dia das mães é o segundo natal para o comercio, mas se não houvesse uma mãe na história, o natal nem sequer existiria, nem o comércio, nem mesmo eu e você. Até a chegada do natal teremos muito trabalho, quase de parto, pois esperamos ansiosos o nascimento da minuta da Lei Municipal do Turismo. Ferramenta com a qual poderemos ajudar ainda mais quem trabalha para o futuro do turismo hoje, pois o presente é o único momento onde somos capazes de transformar o futuro, e torna-lo um verdadeiro presente para nossos filhos.

Irene Belo Zampietro

Secretária de Turismo de Santarém


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